HISTÓRIA

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O Café chegou em terras italianas por Veneza em 1615. Trinta anos depois, é nesta mesma cidade que surge o primeiro café público, em 1643. No final do século XVII quase todas as cidades italianas tinham uma cafeteria e outras muitas tiveram suas casas de café, entre elas, Caffè Greco em Roma, Caffè Pedrocchi em Pádua e Caffè San Carlo, em Turim. O que dava mais atenção a esses cafés, eram as pessoas famosas e intelectuais que frequentavam os estabelecimentos.

E é também em Veneza que se estabeleceu na Praça de São Marcos, em 1720, o Caffè Florian, a mais antiga cafeteria em operação contínua da história. Quem for para Veneza, não deve deixar de visitar e claro, tomar um cafezinho!

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CAFÉ EM CASA

É na Itália que foi criado, também, o primeiro aparelho para preparar café em casa: a caffettiera napolitana. Inventada na cidade de Nápoles, a cafeteira doméstica conhecida como cuccumella, foi baseada na primeira cafeteira de filtro feita em 1691 pelo francês Du Belloy.

As pessoas começaram a usar esta cafeteira para preparar três ou quatro xícaras de café ao mesmo tempo, e saborear a bebida em casa, tornando o cafezinho no final da refeição algo ritualístico na Itália e, se difundindo depois, para o mundo.

O preparo do café na cafeteira Napolitana é pouco conhecido, principalmente por que, quando se fala em cafeteira italiana, como aqui no Brasil, nos referimos à Moka. A cafeteira Napolitana resulta um café encorpado, porém mais suave que a Moka, a moagem do café também tem de ser um pouco mais grossa que a usada para a Moka.

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FAMOSO “ESPRESSO”

Além das cafeteiras domésticas, os italianos também criaram e disseminaram pelo mundo a máquina de café expresso. O método, em italiano “espresso” é sinônimo de “feito no momento” e foi concebido para reduzir o tempo de elaboração da bebida em bares e restaurantes.

O primeiro protótipo de máquina de espresso é de 1855 e foi apresentado na Exposição Universal de Paris. Poucos anos depois, em 1901, um engenheiro de Milão, Luigi Bezzera inventa a primeira máquina de espresso à vapor. Sua patente influencia a pesquisa nesta área por diversas empresas italianas.

Em 1947, logo após a Segunda Guerra Mundial, um proprietário de bar, Achille Gaggia, após muitas tentativas, consegue chegar a uma máquina que produz um café que realmente agradasse seu paladar e a patenteia. Conta-se que ele, na verdade, teria comprado a invenção de Rosseta Scorsa. De qualquer forma, é esta máquina que introduz a extração sob pressão, permitindo obter a bebida mais concentrada e aromática, coberta por um creme denso cor de avelã em toda a superfície da xícara: o espresso tal como conhecemos hoje.

Os italianos não foram os descobridores do café, mas se orgulham em dizer que foram eles que aperfeiçoaram o processo do preparo até chegar a excelência.

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TIPOS DE CAFÉ NA ITÁLIA

O café na Itália é tradição, assim como vinho e a massa. A carta de café é bem extensa, com muitas opções além das básicas que nós já conhecemos.

Café expresso, daqueles que enchem uma xicrinha aqui no Brasil, é o duplo na Itália, pois o expresso italiano não é como o nosso, ele é como se fosse um shot de café. É servido em menor quantidade, de uma bebida bem concentrada, de cor escura e mais adocicada. Segundo os próprios italianos, o expresso italiano extrai apenas as características principais do café.

A surpresa também acontece na hora de saborear o tradicional cappuccino italiano, que não tem chocolate.

Para ajudar trazemos os tipos de café que podem ser encontrados na Itália:

  • Espresso ou apenas caffè: é o tipo de café normal em uma tazzina, no entanto, ele acaba sendo mais forte que alguns expressos servidos no Brasil. A quantidade não chega a encher a xícara.
  • Caffè Doppio: São dois expressos fortes em uma xícara de chá (tazza).
  • Caffè corto ou Ristretto: alguns afirmam que ambos consistem em um café bem denso, com sabor forte, mas com menos cafeína. Outros garantem que o corto tem muito mais cafeína que o ristretto e este último seria apenas um expresso pela metade.
  • Caffè lungo:  A quantidade deste café é quase uma xícara inteira. Ao contrário do ristretto, a concentração de cafeína nele é bem maior. Se usa a mesma quantidade de pó, mas o barista fecha a água quente um pouco depois do tempo.
  • Caffè Americano: é um café bem mais fraco. O barista deixa escorrer aproximadamente 60% a mais de água.
  • Caffè Macchiato: é o café expresso “manchado” com pouco leite. Para este tipo, há outras variações: macchiato caldo (quente), macchiato freddo (frio), macchiato freddo con latte scremato (isto é, com leite desnatado).
  • Latte Macchiato: o oposto do anterior: é uma xícara de leite “manchado” com um pouco de café expresso. E este tipo aceita todas as variações acima (caldo, freddo o con latte scremato).
  • Cappuccino: também chamado de cappuccio, nada mais é que o café expresso com leite ao vapor. Existem variações: cappuccino secco, é o cappuccino normal, mas apenas com espuma ao vapor; cappuccino chiaro, quando tem pouco café; cappuccino scuro, quando tem mais café; cappuccino al vetro, deccaffeinato, con latte scremato, con cacao.
  • Mocaccino: é o cappuccino com uma pequena quantidade de chocolate quente.
  • Caffè e Latte: o clássico café com leite. Você também pode pedir a variação fredda (fria).
  • Caffé Corretto: é o café corrigido com algum super alcoólico, como a grappa italiana.

E não acaba por aqui. Ainda existe o caffé freddo (frio), con ghiaccio (gelo); con panna (chantily); al ginseng, alla nocciola (avelã), schiumato (espumoso), shakerato (shake de caffè e açúcar); caffè d’orzo (isto è, cevada), caffè brasiliano (con chantily e chocolate em pò) e etc. para todos os gostos!

 

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