O Café e a Grécia possuem uma história de amor muito antiga, aonde apaixonaram-se pela primeira vez na era Otomana, e por séculos eles tem se dedicado a essa cultura e aproveitado o que existe de melhor nas pequenas xícaras de café misto da Arábia.

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Portanto, café é uma parte vital da cultura, não apenas pelo consumo cotidiano, mas também por se trata de um ritual inteiro relacionado a bebida. A pausa para o café na Grécia é cheia de tradição e história, que muitas vezes o nome Café Grego se mistura ao também famoso Café Turco.

O café grego é preparado e fervido em uma pequena cafeteira com a aparência de uma canequinha de cobre ou latão, que tem um cabo lateral, que em grego se chama briki, que possui uma boca mais estreita que o fundo, para que o pó do café se acomode mais facilmente.

Quando o líquido chega em ebulição, se forma um anel de espuma a partir da borda exterior do briki. Quanto mais subir a espuma, mais fraco ficará o café, portanto, a diferença entre o forte e fraco está em poucos segundos de fervura a mais ou a menos.

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O pó de café grego tem uma torra leve e clara, a moagem é bem fininha, e como ele não é coado, sua borra acaba ficando no fundo da xícara, o que leva alguns gregos a fazer a cafeomancia, que é uma prática usada para adivinhar o futuro através da leitura da borra.

Na Grécia muitos dos cafés moídos vendidos são de grãos de plantações do Brasil e da Colômbia. A combinação de ferver um pó fino é o que dá a principal característica do café grego e acaba recebendo menos cafeína do que em outros tipos preparo de café.

Rico em ácido clorogênico, polifenóis, substâncias lipossolúveis e outros compostos saudáveis ​​para o coração, o café grego demonstrou ajuda a proteger as artérias, além de reduzir o risco de diabetes. Na Grécia, o café geralmente é consumido 3 vezes ao dia em pequenas xícaras, combinado com um copo de água gelado.

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Cultura do Café Gelado

Como são apaixonados por café, eles consumem todos os tipos possíveis: o tradicional Café Grego, o instantâneo americano, o expresso italiano e os filtrados franceses, porém o que deram uma vida nova ao seu caso de amor: cubos de gelo e uma necessidade!

Dizem que o grego Dimitris Vakondios, funcionário de uma empresa de café, queria simplesmente tomar seu café em pó, mas não tinha água quente, portanto, ele resolveu bater o café na água gelada com um shaker de achocolatado e pronto.

Pode ser lenda ou realidade, porém, por mais simples que seja a história atualmente você encontra o café gelado em toda esquina da Grécia, que muitas vezes é mais requintado que o original e já faz parte do dia a dia do grego.

Atualmente, assim como em diversos países, a globalização e “gourmetização” também chegaram às cafeterias da Grécia, tendo em seus cardápios uma lista completa de cafés frios populares, espresso ou cappuccino “freddo” – que são as versões frias dos cafés italianos-, sendo o espresso freddo um espresso normal com gelo e espuma, partindo para o freddo cappuccino com praticamente todo o topo coberto com creme de leite em espuma e um toque de canela. Então chegamos a “Fredoccinos” e “Frappuccinos” – praticamente híbridos entre cappuccino, café expresso, milkshake e shakes-, porque misturam os cafés italianos com cubos de gelo e enfeitam com espuma de leite ou chantilly acabado de fazer, muitas vezes misturados com xaropes ou até mesmo porções de milk-shakes e polvilhados com canela a trufa de chocolate ou até migalhas de pão.

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