Começamos esse texto trazendo uma informação que talvez não seja muito conhecida: a plantação de café é uma das atividades agrícolas mais importantes e rentáveis do Brasil desde a chegada do grão em 1.727 em Belém do Pará.

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Trazido pelo Sargento-Mor Francisco e Mello Palheta em viagem ao nosso país, o café encontrou as condições de clima e de solo ideais para se estabelecer e ajudar a definir a história do que seria o Brasil posteriormente.

Com as plantações iniciadas no norte do país, o grão logo foi levado para outros Estados, dando início a uma nova fase socioeconômica do Brasil. Por quase 100 anos, o café foi a principal fonte de riqueza do país, dando espaço para o desenvolvimento de cidades e o crescimento de centros urbanos.

Em meados do século 19, o Brasil já era o maior produtor mundial de café. E para exportar o “ouro verde”, como era conhecido na época, um sistema ferroviário foi construído até o Porto de Santos, onde ocorria o escoamento de grãos com destino aos demais continentes.

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No início, o trabalho agrícola do café era feito exclusivamente pela mão de obra escrava. Com o advento da Lei Áurea em 1.888 (abolição da escravatura), milhares de imigrantes europeus vieram para o Brasil buscando trabalho nos cafezais (principalmente italianos e japoneses).

Com o aumento das riquezas internas e do poder aquisitivo da população, outras profissões foram surgindo, novos empreendimentos sendo construídos e uma nova classe social emergiu: a classe média.

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O café hoje no Brasil 

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Desde então, o café vem sendo uma das principais commodities consumida no Brasil e exportada para outros países. O Brasil, hoje, é o maior produtor e exportador de café em escala mundial e o segundo maior consumidor da bebida no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

A diversidade de solos e climas brasileiros produz variados tipos de grãos de café – arábicas e robustas. E os Estados em que o fruto melhor se desenvolveu são: Minas Gerais (maior produtor do país, responsável por 40% da produção nacional), São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Roraima (o mais recente na produção).

O processo desde o plantio do pé do cafeeiro, passando por todas as etapas, até os grãos verdes estarem ensacados, prontos para a comercialização interna e externa, continua a ser uma das atividades mais importantes do agronegócio do Brasil, garantindo a cultura e os hábitos de todos que consomem, apreciam e valorizam esta bebida tão especial, presente no dia a dia das pessoas.

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Tipos de café mais consumidos pelos brasileiros

Tipos de café mais consumidos pelos brasileiros são: Arábica e Robusta (Conillon). Cada espécie, por sua vez, tem um grande número de variedades e linhagens.

O Café Arábica, por exemplo, tem grãos de excelente qualidade, são mais finos e requintados. Tem grãos de cor esverdeada, é cultivado em regiões com altitude acima de 800 metros, sendo originário do Oriente, como o próprio nome indica.

Além de ser o mais consumido, a produção brasileira do Café Arábica é referência no mundo, com safras que vem principalmente do cerrado mineiro, sul de Minas Gerais e norte de São Paulo.

Já o Café Robusta é originário da África, tem um trato mais rude e pode ser cultivado ao nível do mar, em altitudes mais baixas. Não possui sabores variados e refinados como o Arábica, dizendo-se que tem um sabor típico e único. Sua acidez é mais baixa e é utilizado intensamente nos cafés solúveis. Seu teor de cafeína é maior que nos arábicas.

Aproveite e prepare o seu café, seja ele coado, espresso, pingado, cappuccino…do seu jeito, da sua preferência. Boa degustação!

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