Um pouco da História do Café
Existem diversos capítulos da história do café para serem contados, afinal, ele deixou registros importantes por todo o Mundo. Não é à toa que o café se constituiu como um hábito social e cultural. No entanto, até a sua chegada ao Brasil, muito aconteceu. Lendas, intrigas políticas, conflitos sociais entre outros fatos polêmicos marcaram a trajetória deste grão no mundo. Cada país deixou um legado para a bebida. São muitos anos de história, valendo a pena conhecer. A história da propagação do cultivo e uso do café pelo mundo é uma das mais interessantes e românticas que existe.
Várias narrativas imaginárias, mas improváveis, dão-nos conta da descoberta das propriedades dos grãos torrados. Conta-se que um pastor etíope ficou muito surpreendido com a vivacidade de suas cabras depois que elas comeram os grãos vermelhos do cafeeiro. Consta que este pastor de nome Kaldi, comentou com o monge Sufi, Baba Budan, isto em meados do século XVI, levando este a fazer infusões desta planta, e o mesmo pode verificar e constar que tomando o chá da mesma lhe permitia permanecer mais tempo em oração sem ter sono nem cansaço. Há quem diga, ter sido este Monge Sufi, o responsável da entrada do café no Mundo Europeu!
Leia mais: A História do Café >>
Chipre e Nicósia
Não existem relatos exatos sobre o surgimento do café no Chipre, apenas atrelado à história do Café como um todo pela Europa, porém, a capital do Chipre, possui algumas particularidades:
Conta com uma população de aproximadamente 300 mil habitantes, com muitas características semelhantes a Berlim, durante décadas. Nicósia está dividida por um muro que separa os turcos ao norte dos gregos ao sul, um muro controlado pelas Nações Unidas e que separa a população cipriota turca que invadiram a ilha em 1974 e que se manteve com uma parte do Norte.
Sendo assim, por exemplo, chega a ponto de que para ir tomar um café na outra região, você tem que enviar um pedido ao Ministério das Relações Exteriores.
Em seguida, tem que dar seu passaporte para alguns militares armados que examinam o documento como se você fosse um suspeito perigoso.
E, finalmente, tem que dirigir por algumas ruas onde os únicos vizinhos são as tropas de um Exército que veio de outro país.
Mas, ATENÇÃO, não precisa se assustar!!
Chipre é também muito segura com um dos índices de criminalidade mais baixos do mundo. Hoje há centenas de cafeterias a cada esquina da ilha. Algumas das redes de cafeterias mais famosas na Europa podem ser encontradas como Starbucks, Costa, Café Nero e Coffee Island. Mais vale bastante a pena visitar as cafeterias tradicionais e escutar histórias incríveis sobre a cultura local.
Em todas as horas do dia, as mesas dos bares estão cheias de pessoas tomando café e que permeia praticamente todas as interações sociais, apenas interrompido pelos chamados à oração do muezim de Selimiye, a antiga Catedral de Santa Sofia, convertida na principal mesquita da parte cipriota turca da cidade antiga.
Em torno dos altos minaretes, dos bazares de camisas turísticas e das tavernas de shawarma, a vida cotidiana se desenrola com tranquilidade, atualmente, com um pouco de paz de ambos os lados da cidade.
Uma curiosidade é que o Chipre é o 20° país a consumir café no mundo. Ficando atrás do Brasil, que está em 14° na lista dos países que mais consomem o famoso cafezinho.
Leia mais: O que Devemos Saber para Viajar a Nicósia >>
Bebida Favorita e Cafeterias
Assim como muitos países Europeus, se tem uma coisa que os cipriotas gostam de fazer, é comer e beber. Nada mais típico que a souvla: carne de porco, cordeiro e frango assadas em churrasqueiras a carvão. O queijo halloumi: feito da mistura de leite de cabra e ovelha, entre outros pratos com muita fartura e apreciados sem pressa.
Na hora da sobremesa, o shoushoukos: doce feito de uvas, o pastellaki: com mel e amêndoa e o sorvete de rosas, imperdíveis.
Já no quesito Café, o Frappé: bebida gelada, de origem grega, à base de café, ganha destaque. Deve ser apreciada devagar, bebericando a tarde inteira, ainda mais no quente verão do país.
Já o método tradicional é muito parecido com o da Grécia (briki), preparado e fervido em uma pequena cafeteira com a aparência de uma canequinha de cobre ou latão, que tem um cabo lateral, que em grego se chama briki, que possui uma boca mais estreita que o fundo, para que o pó do café se acomode mais facilmente.
Quando o líquido chega em ebulição, se forma um anel de espuma a partir da borda exterior do briki. Quanto mais subir a espuma, mais fraco ficará o café, portanto, a diferença entre o forte e fraco está em poucos segundos de fervura a mais ou a menos.
A cultura do café é uma parte essencial da vida em Chipre, portanto, certifique-se de saborear uma bebida quente com um dos muitos doces deliciosos e bolos tradicionais nos cafés da cidade. Os moradores adoram o Apomero: um pequeno café escondido em um beco próximo a Ermou, cujo nome significa “isolado” em grego.