Uma das bebidas mais consumidas do mundo, o café se tornou um item obrigatório na vida de muitas pessoas, inclusive dos brasileiros.

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Seja nas mesas brasileiras, no dia-a-dia nos escritórios, ou como parte da refeição em outros países, é inegável que o café conquistou o paladar de muitos consumidores. Com a popularização do grão, o consumo mundial tende a crescer e ganhar destaque no mercado nacional e internacional. Neste ano, o consumo mundial de café deverá ultrapassar 166 milhões de sacas na safra 2020/2021, um aumento de 1,3% em comparação ao período anterior.

Para 2022, apesar da alta procura do café, as perspectivas de produção no Brasil são insuficientes para suportar a demanda, gerando um déficit do grão. A redução da produção corresponde a diversos fatores, como os eventos climáticos e o ciclo bienal da cultura do café.

Neste post, vamos falar um pouco mais sobre o café, destacando as principais projeções para 2022, em relação ao consumo e produção do grão, os fatores que impactam nesses números e o que podemos esperar para o próximo ano.

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Qual o cenário de consumo do café em 2022?

O consumo do grão em 2021 apresenta projeção de crescimento em comparação com o período anterior. Continentes como Europa, Ásia e Oceania deverão registrar aumento no consumo do café entre 1,2% e 1,4% no ano-cafeeiro 2020/2021.

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Estes bons números evidenciam que a demanda pelo grão é boa e abre novas portas para os cafeicultores que desejam explorar ainda mais o mercado. Além disso, com o incremento do consumo internacional, o café vai ganhando espaço, significando uma oportunidade para quem quer ampliar a comercialização.

Em se tratando de exportações globais, de outubro de 2020 a fevereiro de 2021, o produto atingiu um acumulado de 52,81 milhões de sacas de 60kg, um aumento de 2,5% em relação ao período anterior, com oscilações entre os países produtores. Para 2022, as perspectivas continuam de crescimento, mesmo com as incertezas da produção para o próximo ano-cafeeiro.

Segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês), o consumo de café deverá ser de 1,8 milhão de sacas de café de 60kg em 2021/2022. Com esse número, a previsão é que a demanda seja maior que a produção em 2022, impactando nos estoques globais da commodity na temporada.

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Como será a produção de café na temporada?

Apesar do consumo de café no mundo continuar crescendo anualmente, a produção do grão para a safra 2021/2022, que começou em outubro, gera preocupações a respeito do potencial produtivo das lavouras ficarem abaixo da demanda pela commodity, gerando um déficit, mesmo após a previsão de superávit para a temporada 2020/2021.

Ainda é impreciso o tamanho da redução substancial do café e o impacto está sendo estudado por produtores, técnicos agrícolas e acompanhado pela Organização Internacional do Café (OIC). Contudo, podemos esperar para a safra 2021/2022 de café em torno de 56,5 milhões de sacas de 60kg.

O valor estimado para a produção na temporada representa uma redução de 19% em relação ao período anterior. Além disso, o café arábica deverá apresentar uma queda de 31% na produção, totalizando 34,70 milhões de sacas.

Mas, por que essa perda de produção? Os baixos índices de produção com certeza afetam produtores, que esperam um bom potencial produtivo para ter lucratividade. A baixa produção, motivada pelas variações climáticas como as geadas e os atrasos na colheita, também geram uma reação em cadeia no mercado.

Neste cenário, é importante que o cafeicultor fique atento à sua lavoura durante a temporada e procure boas práticas de plantio que, além de evitar o surgimento de pragas e doenças no cafezal, também garantem que as máquinas agrícolas utilizadas no campo estejam aptas para as operações.

O que motivou a perda da capacidade produtiva do café?

Se o cafeicultor brasileiro estava na expectativa de uma boa produção de café em 2022, esse sonho está um pouco mais distante, principalmente pelos eventos climáticos que afetaram diversas regiões do Brasil, incluindo os principais estados produtores de café.

As geadas foram responsáveis por atingir duramente as lavouras de café, queimando folhas, ramos, frutos e até mesmo o caule das plantas, levando preocupação para os cafeicultores que tiveram sua produtividade reduzida. Além disso, a massa de ar frio também é perigosa, pois pode provocar a morte da planta, desidratar a gema e contribuir para a super brotação nos nós internos dos ramos.

Com isso, os preços do grão começam a subir consideravelmente, chegando a custar R$1.008,84 uma saca de 60kg que, de acordo com estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), representa um aumento de 15,23%. Se compararmos com o mesmo período do ano anterior, esse salto no preço é ainda mais alarmante, cerca de 98,19%.

Além disso, a crise hídrica também gera impactos nas cafeiculturas, que precisam do recurso para irrigar suas lavouras e continuar as atividades. Essa escassez causa o encurtamento da janela de crescimento vegetativo, afetando o crescimento. Outro ponto que chama atenção é a bienalidade negativa, que está relacionada ao comportamento fisiológico dos cafezais, que resulta em uma produção inferior.

Após os estragos feitos pelos fenômenos climáticos, fica o prejuízo para produtores rurais, que precisam fazer uma análise em cada talhão para ter noção da dimensão dos impactos negativos e trabalhar pela recuperação dos grãos para ter chances de melhorias para a nova temporada de café.

Com a dimensão da queda na produção ainda incerta para a safra de 2022, os cafeicultores devem estar ainda mais atentos aos cuidados e boas práticas para tentar recuperar os prejuízos e reerguer sua produção.

Fonte: Cerrado Doce

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